sábado, 28 de março de 2009

des-caminhos pelas estrelas.

Era noite e Alice caminhava. Há muito tempo que ela faz isso quando quer pôr ordem na casa. Tem gostado dos silêncios. Olhava para ler nas entrelinhas: 'De quando em vez o mundo diz alguma coisa que ajuda a entender as palavras que vem de dentro'... assim ia pensando Alice enquanto caminhava. Mas eis que no meio do caminho, Alice chega ao meio de seus desertos e se depara com um nó entre os habitantes daquele (seu) lugar remoto. Um deles teimava em dizer, explicar por a + b, que é preciso parar. 'Há tanta coisa no mundo para se fazer, para se pensar. Desvie desse caminho para não voltar ao deserto!' Enquanto uma outra voz, mais delicada, meio colorida como um crepúsculo, apenas sussurava: 'Ela sabe, sente, percebe as brisas mansas que invadem o deserto. Aqui.' Alice é puro movimento e caminha. Sempre. Até chegar ao horizonte.

Um comentário:

Aline Lima disse...

silêncio é sempre bem-vindo, em tudo, para mim! =)