sexta-feira, 20 de março de 2009

das margaridas no céu.

[imagem: google]

(Há alguns anos atrás) toda vez que ela ia ao centro da cidade, eu esperava ansiosamente. Ali era certeza de presente (chocolate, boneca, qualquer coisa era uma festa)! Histórias de banho de rio no interior, as 'malinagens' do passado, lembranças de como era Fortaleza, tudo isso regado a café na cadeira de balanço, colocada na calçada na hora que o sol vai pro outro lado levando sua luz e transformando o escuro, em dia.
Tudo isso tá na minha memória, na dos meus.
Ofereço pra você Dona Nazaré, minha vó, toda a luz do infinito, que por aqui nós vamos cultivando nossas flores, pondo ordem na casa e no coração.
Sem notas de pesar, porque alegria pela vida é a ordem, faça chuva ou faça sol.

[luz do sol
que a folha traga e traduz
em ver denovo
em folha, em graça
em vida, em força, em luz...]

3 comentários:

Aline Lima disse...

"O que a memória ama é eterno".
Palavras lindas querida. E, um dias, vcs se encontrarão novamente e será um momento lindo! =)

gloria disse...

esses lugares-de-memória sào presentes, no duplo sentido. essa generosidade de quem recebe como quem nutre, afaga, aninha é um lugar em extinçào. quem viveu isso carrego consigo esse calor, essa gentileza de linhagem. eu sinto isso daqui. bjs Mônica.

Vanderhugo disse...

"alegria pela vida é ordem".

Lindo isso...

Fiquei aqui lembrando-me da minha avó, para quem fiz um poema quando ainda estava entre nós. E a minha maior alegria, foi ela me dizer que a vizinha lera para ela e completou: "que amor..."

Foi a forma dela dizer que me amava...

que bom que pessoas especiais passam por nossas vidas...