porque pensava demais, cansou.
porque corria demais, parou.
porque queria demais, sonhou.
porque vive e quer continuar intensa
depois da leve pausa, do vazio, do silêncio.
dos grandes dramas humanos, sem platéia.
dos dias de ostra, abusada dos humanos, no fundo do mar.
das águas e das asas que levam e lavam.
pra longe
estradas.
"...e não há melhor resposta que o espetáculo da vida: vê-la desfiar seu fio, que também se chama vida, ver a fábrica que ela mesma, teimosamente, se fabrica, vê-la brotar como há pouco em nova vida explodida; mesmo quando é assim pequena a explosão, como a ocorrida; mesmo quando é uma explosão como a de há pouco, franzina; mesmo quando é a explosão de uma vida severina."
João Cabral de Melo Neto
..
Adriana Calcanhoto - Senhas
4 comentários:
belíssimo minha cara! belíssimo... =)
Mônica, uma reverência de saudação de beleza ao teu poema, vc. está cada vez mais lírica e intensa. bjs
Lindo Monicatt!
Mônica se coube palavra no verso, é porque há espaço para tuas palavras; e que sejam ditas, pois quão belo são, e merecem brilhar.
Abraço,
R.Vinicius
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