terça-feira, 23 de junho de 2009

observatório de afetos.

[imagem: devian.art]

é assim de uma forma sutil que falo de amor. é assim, também, como um dia azulzinho. uma linha do horizonte. um ângulo da fotografia. é assim, mesmo nos dias em que o amor não queima, não arde. nos dias em que aparece de outras formas, pro mundo. pros outros humanos-próximos-seres-delicados. amor nas entrelinhas. é assim, também, que desejo. é com admiração que eu leio os que escrevem bonito, os que pensam. mas é assim também que me interesso por quem sai do mundo das ideias, dos tratados, das teses, dos artigos. é assim, na busca de humanos que se atrevam a não endurecer. que caiam e se levantem, dos que tenham coragem do sentir, do mergulho, do salto. dos que não temem a folha em branco e correm o risco, sem achar que marcou contrato, que conhecem o fim. é assim que admiro as supresas - as minhas, as suas - nas curvas da vida - espiral.
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"Só se pode viver perto de outro,
e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio,
se a gente tem amor.
Qualquer amor já é um
pouquinho de saúde,
um descanso na loucura."

- Guimarães Rosa
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e o amor existe aqui!

5 comentários:

Aline Lima disse...

"O QUE A VIDA QUER DA GENTE É CORAGEM"! [Rosa Guimarães, com seus perfumes-palavras]

Mônica. disse...

SEMPRE! :)

Clarinha disse...

Digo aqui... e em qualquer outro lugar!!!
Adorei...
lindo de morrer!! ops... de viver!!

Amor? gosto das entrelinhas... é quando sentimos o famoso frio na barriga, entre-olhares-timidos-famintos.

beijos,
espero vc aqui!

Ana Valeska Maia disse...

Lindo texto, é tu todinha nele.

gloria disse...

Mônica, gostei muito dessa visão de despojamento, de não se temer a folha em branco, de romper com tratados e contratos. a escrita tem que gemer, ranger, cantarolar, borrar, arriscar trocar letras e pautas. eu acredito em que se deita por sobre palavras e amanhece. lindo texto. bjs