sábado, 15 de agosto de 2009

entremeios.

[imagem: deviantart.com]

Como ela não suportava medir o tempo pelas esperas, resolveu pegar sua bicicleta e pedalar por aí. Todos os dias ao acordar tinha, imediatamente, a mesma lembrança. Algo assim, preso na memória. E todos os dias ritualizava: abria os olhos, lembrava, percebia, esquecia, voltava seu rosto para a janela aberta e via o astro-rei colocando luz nos seus dias (que teimam em ser cada vez mais de um azul sem medidas). É assim, na teimosia subordinada de agosto que ela permanece. Pede em prece uma serenidade para o seu sentir, que insiste em gritar silenciosamente dentro dela. Resolveu que a melhor saída é oferecer flores-palavras pelo caminho. Deixar o silêncio de lado. Agora ela cria sonhos na realidade e fica ali pelos bastidores, quase uma clandestina no meio de tanto burburinho, criando um tempo-presente para si mesma nos entremeios das emoções e aprendendo a não ter pressa. Não dessa vez. Porque a hora é agora (mas não para tudo ao mesmo tempo).
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A memória da gente é safada: elimina o amargo, a peneira só deixa passar o doce.
Caio F.

5 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pelo Blog...curti muito...

Clarinha disse...

Hummm..

isso me le,mbrou Clarice e Miranda lá do meu blog!!!

delicia..
desejo dias azuis pra essa mocinha da bicicleta!!
=)

beijooo

Mônica. disse...

Clarinha! Vou lá conferir a história de Clarice...
Dias azuis pra nós, todas! =)

thais m. disse...

Adorei teu blog .

Bom demais teu ' cantinho' e tuas escritas . To te seguindo e voltarei mais vezes .

Um beijo !

Mônica. disse...

Thais! Muito bem-vinda! Volte sempre que quiser! =)